A pesquisa mostra também que, já em 2011, mesmo representando apenas 1,5% das empresas com pelo menos uma pessoa ocupada assalariada, as Empresas de Alto Crescimento orgânico (EAC orgânico) foram responsáveis pela criação de quase metade (48,5%) dos postos assalariados. Essas empresas tinham, em média, 13,7 anos de existência e, em sua maioria, de 10 a 49 assalariados.
Entre 2008 e 2011, o pessoal ocupado assalariado nas EAC aumentou, em média, 175,5%. A atividade econômica que reuniu o maior percentual (12,6%) de Empresas de Alto Crescimento orgânico foi a Construção. Além disso, quase 60% das unidades locais de Empresas de Alto Crescimento orgânico estavam em regiões metropolitanas.
Em 2011, o Brasil tinha 34.528 EACs que ocuparam 5 milhões de assalariados e pagaram R$ 95,4 bilhões em salários e outras remunerações. Em relação a 2010, houve altas de 3,6% no número dessas empresas, de 0,8% no seu pessoal ocupado assalariado e de 8,1% nos salários e outras remunerações pagos por elas. Já o universo de EACs orgânicos tinha 34.106 empresas, que juntas ocupavam 4,4 milhões de assalariados, pagando R$ 75,8 bilhões em salários e outras remunerações.
Regiões metropolitanas concentravam mais de um terço das EAC
Em 2011, havia 34.106 empresas de alto crescimento orgânico, que tinham 70.605 unidades locais, 24.561 unidades locais únicas e 34.106 unidades locais sede. O estado de São Paulo concentrava 30% das unidades locais (ULs) e 31,2% do pessoal ocupado assalariado de Empresas de Alto Crescimento orgânico do país. No RN, foram registradas 969 unidades locais nesse período, equivalente a 1,4% do país. Dessas, 619 estavam na região metropolitana de Natal e 350 fora da Grande Natal.
No entanto, São Paulo e o Sudeste apresentam uma baixa representatividade de unidades locais (ULs) de Empresas de Alto Crescimento orgânico, tanto em número de unidades locais quanto em assalariados. Já o Norte e o Nordeste mostraram as maiores proporções de unidades locais de Alto Crescimento: em ambas as regiões, 11% das ULs de empresas ativas com 10 ou mais assalariados eram ULs de Empresas com Alto Crescimento, enquanto no Sudeste, a proporção era de 9%. No ranking elaborado para a região Nordeste, o Rio Grande do Norte aparece na quinta posição, atrás da Bahia, do Ceará, de Pernambuco e do Maranhão, em ordem decrescente.
Em 2011, as regiões metropolitanas concentravam 59% do total de unidades locais de EAC orgânico. As regiões metropolitanas integradas por capitais tinham maior importância, pois concentravam 49,4% do total de unidades locais de EAC orgânico. Além disso, mais de um terço (34,8%) das unidades locais estavam em capitais pertencentes a 22 regiões metropolitanas.
Conceito
Segundo as Estatísticas do Empreendedorismo do IBGE, uma empresa é considerada de Alto Crescimento (EAC) quando possui 10 ou mais assalariados no ano de observação e seu pessoal ocupado assalariado cresceu pelo menos 20% nos três anos anteriores. Uma empresa é considerada de Alto Crescimento orgânico (EAC orgânico) se, nessas mesmas condições, o aumento do seu pessoal ocupado assalariado se deve a novas contratações no período de observação, enquanto uma Empresa de Alto Crescimento externo (EAC externo) deve o alto crescimento de seu pessoal ocupado assalariado a mudanças estruturais (cisão, fusão e incorporação). Assim, as Empresas de Alto Crescimento total (EAC total) são a soma das EAC orgânico e EAC externo. Entre 2008 e 2011, as EAC (Empresas de Alto Crescimento) aumentaram seu pessoal assalariado em taxas próximas de 170%.
fonte: Tribuna do Norte