Mais de 1600 acidentes com escorpiões foram registrados no Rio Grande do Norte em 2013. De acordo com a Subcoordenadoria de Vigilância Ambiental (Suvam) da Secretaria Estadual de Saúde, 15 mil pessoas foram vítimas de acidentes com animais peçonhentos no estado entre 2010 e 2013. Desse total, mais de 10 mil casos foram provocados pela picada de escorpião.
No ranking dos animais que provocam mais acidentes desse tipo, as abelhas (1061 mil casos) e serpentes (1592 mil casos) seguem os escorpiões (1626). De acordo com Amauri Brito, técnico responsável pelo monitoramento dos animais peçonhentos da Suvam, os acidentes registrados acontecem frequentemente com a espécie Tityus stigmurus, conhecido como o escorpião amarelo do Nordeste.
Segundo ele, esse tipo de escorpião é pouco agressivos e de hábitos noturnos, com grande resistência às condições ambientais. Gosta ainda de se esconder nos entulhos, cercas, pedras e cupinzeiros. A espécie alimenta-se frequente de insetos, principalmente as baratas, favorecendo a convivência com o ser humano.
“Devido à grande especulação imobiliária, esses animais estão migrando do seu habitat natural e vindo para os grandes centros urbanos, como Natal, Mossoró, Parnamirim, o que vem preocupando as autoridades de saúde, pois esse tipo de acidente já se configura com uma praga urbana nesses municípios”, alerta. “As pessoas devem evitar colocar as mãos em buracos no solo, troncos ou pedaços de madeira, e sempre utilizar luvas quando tais ações forem necessárias. Além disso, ao caminhar é importante utilizar calçados adequados. Também é recomendável evitar o acúmulo de materiais como entulhos e restos de construção, manter o jardim sempre aparado e bloquear ralos para dificultar o acesso à residência pelos escorpiões”, explica.
Robson Pires
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