O único grito que aproxima os principais movimentos organizadores das manifestações do dia 15 de março – Vem pra Rua, Movimento Brasil Livre e Revoltados Online – é a insatisfação com o governo Dilma Rousseff. Por trás desse pleito comum, há diferenças significativas entre eles, como os meios pelos quais buscam a saída da presidente, a diferença na faixa etária e posição social de seus integrantes e o alinhamento com partidos políticos.
Defensores do liberalismo na economia, Vem pra Rua e Movimento Brasil Livre já tentaram uma aproximação, mas o perfil moderado de empresários mais velhos do Vem pra Rua, que não querem oimpeachment de Dilma Rousseff, não casou bem com a juventude mais rebelde do Movimento Brasil Livre. Também a favor do impeachment, o Revoltados Online, por meio de sua única figura pública, Marcello Reis, causa certa repulsa aos outros dois grupos. Motivo: suas posições passadas, como a defesa da intervenção militar e mensagens com conotações religiosas.
“O impeachment pode ser um tiro no pé porque depende da maioria política para ser aprovado no Congresso. Nós ainda não vemos base jurídica consistente para fazer isso”, afirma Rogério Chequer, de 46 anos, porta-voz do Vem pra Rua. Renan Haas, 31 anos, um dos líderes do MBL em São Paulo discorda: “Que prova você precisa mais? Bilhões de reais foram desviados [da Petrobras] e ela não sabia de nada?”.
Conheça quem são os líderes e quais são as principais bandeiras desses grupos que prometem levar para a Avenida Paulista mais de 200.000 pessoas no próximo domingo.
Fonte: Veja
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