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terça-feira, 22 de julho de 2014

Vai a 584 o nº de palestinos mortos na ação militar israelense em Gaza

Ação israelense deixou 3.640 feridos.
Nº de deslocados pelos bombardeios chega a 100 mil.

Imagem a partir do lado israelense da fronteira com a Faixa de Gaza mostra fumaça que saía do território palestino. (Foto: Menahem Kahana / AFP Photo)
Imagem a partir do lado israelense da fronteira com a Faixa de Gaza mostra fumaça que saía do território palestino. (Foto: Menahem Kahana / AFP Photo)

Pelo menos sete palestinos, entre eles cinco pessoas de uma mesma família, morreram nesta terça-feira (22) em bombardeios das Forças Armadas israelenses contra diferentes partes do centro e do sul da Faixa de Gaza, elevando para 584 o número de mortos palestinos durante a ofensiva militar que hoje entrou em seu 15º dia.
Segundo Ashraf al-Qedra, porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza, quatro mulheres e um homem de uma mesma família morreram em dois ataques na cidade de Deir al Balah, enquanto outro morreu na cidade de Khan Yunes e o sétimo no campo de refugiados de Nusarit.
Outro bombardeio causou a morte de 11 pessoas em um edifício no centro da Cidade de Gaza.
Com esses novos casos, o número de palestinos mortos na atual ofensiva israelense contra Gaza chegou a 584, a maioria civis. Além disso, Qedra calculou em 3.640 os feridos palestinos até o momento no conflito.
A ONU, por sua vez, advertiu que o número oficial registrado de deslocados internos pelos bombardeios israelenses chegou a mais de 100 mil pessoas, o dobro do esperado pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) em seu plano de contingência.
Em comunicado, Chris Gunness, porta-voz da agência na região, informou que já são 69 os albergues-escola disponibilizados pela UNRWA para alojar os cidadãos de Gaza que foram obrigados a deixar suas casas.
Outras fontes afirmam que esse número é bem mais alto, já que muitos palestinos abandonaram seus lares para buscar abrigo na casa de familiares em outra região, enquanto outros muitos tiveram que buscar proteção nos jardins dos hospitais.
Dias antes de empreender a operação militar, Israel emitiu um aviso para a população local, calculada em cerca de 100 mil pessoas, para que deixassem suas casas, o que causou um primeiro fluxo de deslocados.
Além das escolas da UNRWA, os cidadãos de Gaza não têm outro lugar para fugir, já que Israel impõe um cerco militar por terra e mar sobre a Faixa, e o Egito mantém fechada a única passagem que liga o território palestino com o restante do mundo.
Durante a ofensiva militar de Israel, 27 soldados israelenses também morreram, os dois últimos em combates na noite e segunda (21), além de dois civis, um israelense e um beduíno, depois que foram atingidos por foguetes lançados da Faixa de Gaza.


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